09/04/2011

Medos... Erros... Acertos...

Oies e olás pessoas.

Este post vai demorar um pouquinho prá que eu possa, finalmente, clicar em "PUBLICAR POSTAGEM"
Tem tantas coisas que quero dizer... E tão poucos meios...
Ao mesmo tempo, são tão poucas coisas e com tantos meios diferentes.
Vejamos... O relógio marca exatamente 18:49h

Quando eu era criança, tinha medo do escuro e, com o passar dos anos, superei esse medo.
Lembro bem como foi.
Em uma noite, havia chovido muito... Mas muito mesmo.
Ficamos sem luz. E, não tínhamos velas em casa. Então, na marra, perdi o medo do escuro.

Mais tarde, foi a vez de ter medo de motos.
O simples fato de subir em uma, mesmo desligada, fazia com que meu corpo inteiro tremesse de medo. Ficava com a respiração pesada...
Um dia, ganhei um dinheiro pelo qual não esperava. Não tive dúvidas. Me matriculei na auto escola e aprendi a andar de moto.
No dia que passei no teste de direção, comprei uma Fazer 250.
Posso dizer, sem sombra de dúvidas que hoje, motos são minha paixão. Adoro estar em cima de uma, adoro o vento contra a viseira do capacete, adoro a velocidade e o perigo que ela impõe. ADORO!

Outro grande medo que eu tinha, era de rios revoltos. Não sei porque. Acho que de tanto ouvir histórias de afogamentos nesses rios.
Bem... Na primeira oportunidade que tive, fui fazer Rafting.
Até hoje, não esqueço a emoção daquilo tudo... Foi simplesmente LINDO!

E assim as coisas vão caminhando.
Superando um medo por vez (ou vários deles ao mesmo tempo).
Não gosto de ter medos.
Odeio meu próprio olhar no espelho quando estou com medo. Sempre odiei.
Então, quando algo que me assusta me encara, eu encaro de volta. E supero! Sempre supero!
Acho que, quanto mais medo eu tiver de alguma coisa, maior essa coisa fica e, consequentemente, maior fica o medo. Como uma bola de neve, que começa pequinininha lá no alto da montanha e, conforme vai descendo, vai arrastando tudo consigo.

Eu não consigo viver assim. Não consigo ter medos. Não consigo olhar prá um desafio e não encará-lo.

Lembro que, há algum tempo, conversando sobre religião e tudo mais, uma pessoa me disse: "Mas Zeina, essa coisa de Umbanda é perigosa. Se você conquista algum desafeto, ele pode resolver fazer uma macumba prá você. Você não tem medo?" Nunca vou esquecer dessas palavras. E, foram me ditas, exatamente assim.
A minha resposta, foi simples: "Não, não tenho medo. Se eu tivesse medo de macumba, virava crente!"
Nesse ponto de "macumba" não sei se aguento muita ou pouca nas costas. Já me disseram que eu aguento mais do que os outros possam imaginar. Já me disseram que eu não aguento nada... Eu digo que eu aguento exatamente o tanto que posso aguentar. Muito ou pouco? Questão de ponto de vista. Mas, não... Não tenho medo.

Como todo mundo, já sofri desilusões amorosas.
Se ilude, quem se deixa iludir. E, eu me deixei.
Já sofri. Já achei que meu mundo iria acabar.
Meu mundo caiu... E, eu o reconstruí.
Tive medo de entregar meu coração novamente. Mas, entreguei.
E, ele foi partido mais uma vez. E outra, e outra, e outra...
Mas, não desisto.
Não tenho mais medo de corações partidos.
Não tenho mais medo de distâncias que parecem intransponíveis.
Não tenho mais medo e, mesmo que tivesse, lutaria contra esse medo.
E o motivo é bem simples.
Prefiro me entregar. Prefiro viver o sentimento. Prefiro sentir o meu rosto sendo acariciado, sentir o abraço apertado. Prefiro fazer planos, ver e ouvir risos. Prefiro a cumplicidade da troca de olhares (ou caracteres ou palavras). Prefiro isso tudo a sentar no canto escuro da sala, me escondendo disso tudo e me privar por medo.
Pode ser que acabe um dia.
Pode ser... Quem sabe o amanhã?
Mas, quero o hoje! O que será do meu amanhã se não houver o hoje?
E se, amanhã, minha Highway chegar num Dead End?
E se...
E se...
Sempre SE!
Não gosto de SE!
Gosto do SIM!
Gosto de viver hoje, agora, já!
E, por viver, entende-se toques que não se tocam, beijos que estão por vir, palavras sussurradas no meio da madrugada, planos que, um dia se concretizarão.
E, quando se concretizarem, tudo terá valido a pena.
E, nesse momento, cada pensamento elevado ao alto pedindo que o outro esteja bem, cada oração feita pedindo proteção ao outro, cada pedido feito desejando a segurança do outro, cada sonho do qual não se quer mais acordar por se estar sonhando com o outro, cada lágrima derramada escondida de saudades... TUDO, absolutamente TUDO, terá valido a pena.

Existem coisas que a gente não esquece.
E, essas coisas são tão simples...
Não esqueço a primeira vez que vi um certo alguém.
Camiseta verde, bermudão jeans, tênis branco.
Meio sem jeito. Não sabia como me tratar. Acabou que, naquele dia, mal falou comigo e, mesmo assim, acabou, sem querer, arrebatando o meu coração.
Mas, acho que nem eu havia me dado conta disso.
Aos poucos, ele acabou se tornando letras do outro lado do monitor...
Depois, uma voz do outro lado da linha.
Palavras sussuradas madrugada adentro...
Planos feitos... E depois, planos desfeitos.
Exatos 110 dias depois da primeira vez, eu o vi novamente.
Mais bonito do que eu podia me lembrar.
Descendo do ônibus, no meio do caos...
Camisa social preta, calça preta.
Simplesmente, lindo.
Pensei em me esconder, prá que ele não me visse... Mas ele me viu.
Mesmo em meio aquele caos todo , ele me viu.
E, mais uma imagem que nunca mais vai me sair da memória.
Ele, de sorriso aberto, vindo em minha direção.
E, naquele momento, a beleza dele chegou ao auge.
Naquele exato momento, aos meus olhos, ele estava tão lindo, tão perfeito que pensei: NOSSA!
E eu, bom... Não sei que cara eu fiz. Acho que primeiro, tive que juntar meu queixo, que estava no chão.

E assim as coisas caminham...
E hoje, ele me mandou uma música.
Não sei se tem qualquer coisa a ver com algo que ele sinta ou não...
Mas, sei que se encaixou direitinho com o que eu sinto.


Enfim...
Medos, sempre os medos...
Graças a eles, muitas vezes cometemos erros...
Erramos ao não querer bater de frente com eles... Erramos querendo acertar...
Despedaçamos corações que, nos foram dados à nossa guarda. E, no final, acabamos dando mais força ainda pros nossos próprios medos. E a bola de neve, continua descendo a montanha.

Não digo que eu não tenha medos.
Claro que tenho!
Tenho medo das curvas fechadas no meio das Highways.
Tenho medo de noites sem lua.
Tenho medo de perder a voz que tanto me acompanhou madrugadas adentro.
Tenho medo de tantas coisas...

Alguns desses medos, eu não me sinto ainda preparada prá encarar... Então, faço o que faço melhor. Escrevo sobre... Enfio meu narizinho no trabalho e esqueço do mundo à volta, como se eu não tivesse coração, como se eu não tivesse fome e nem sede. Como se tudo o que existe, fosse apenas trabalho.

Acho que tenho uma visão um tanto quanto esquisita das coisas...
Sei lá...

Como uma boa guerreira, eu luto... Eu luto... E eu luto...
Nem que, no final das contas, eu fique de luto.
Luto por mim mesma... Pela morte do que eu acredito...
Mas, continuo lutando.

Sei que tenho ao meu lado muitos que gostam de mim.
Sei que, quando mais preciso, eles me pegam no colo e me carregam até um abrigo seguro.
Sei disso...
Só que às vezes, tudo se torna tão difícil, tão... Solitário.

Mas... Como diria Renato Russo, em Andrea Doria:
Nada mais vai me ferir
É que já me acostumei
Com a estrada errada 
Que eu segui
Com a minha própria lei.

Mas... Highways sempre se cruzam e, apesar de não haver retornos, sempre é possível voltar a uma velha estrada. Talvez uma pequena trilha que leve à uma cabana no meio do nada, à beira de um rio de águas cristalinas e uma floresta, com uma cachoeira imensa logo à frente e um sol despontando no horizonte.

Bem... Acho que já falei muito...
Talvez, ainda fale mais...
Quem sabe o que a noite reserva?

E, só prá constar... O relógio acabou de marcar 19:57.
Eu disse que o post ia demorar... :)

Beijokinhas

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