07/04/2011

Highways

Oies e olás pessoas.

Estou confusa... O que não é, exatamente, uma novidade.
Quem me conhece pessoalmente, sabe que eu sou o ser mais confuso e indeciso da face da terra.
Essa coisa de decidir o que quer que seja, é complicada demais prá minha cabecinha.
Claro que, depois que decido, não volto atrás.

Penso muito, pondero mais ainda... Vejo todos os lados, todas as possibilidades, prós e contras... E, só depois, tomo minhas decisões. Ciente dos riscos que corro, ciente dos desafios a serem encarados ao longo do caminho.
Decisão tomada, rumo traçado. E vamos em frente!
Nessa Highway, não há retornos, não há tempo de parar prá repensar nada.
É sempre em frente e sem retrovisor prá olhar prá trás!

Hoje, olhando prá velhas e empoeiradas fotos de Highways que decidi tomar há não tanto tempo assim, vejo que, ao fim delas, encontrei sempre a mesma coisa. Claro que de formas diferentes, mas sempre a mesma coisa. Encontrei a mim mesma. E, somente a mim mesma, sem ninguém prá compartilhar meus dias ou minhas noites. Um eterno aprendizado de como viver comigo, ao som do meu próprio silêncio com minha imagem solitária refletida ao espelho.
Quando mais precisei de colo, tinha apenas a mim mesma. Quando mais precisei de alguém prá dividir o fardo pesado do dia a dia, eu tinha a mim mesma prá fazê-lo.
Tenho medos, muitos medos. E, invariavelmente, sempre me confronto com todos eles ao final de cada Highway.
Às vezes, é difícil encarar as coisas sem ter com quem conversar. Mas, conversar com quem? Todos, invariavelmente, acabam nos julgando por uma palavra errada ou uma vírgula mal colocada.
Pelo menos, é o que sempre acaba acontecendo comigo. Uma hora ou outra.

Prá mim, é completamente assustador a hora que avisto uma curva fechada na Highway. Não sei o que me espera do outro lado dela. Mas, sigo em frente... Sempre em frente. Mesmo que repense algumas coisas mais além, mesmo que me arrependa de palavras (não) ditas, mesmo que me arrependa... Sempre em frente. E, se por acaso Highways se cruzam novamente, dou a mim mesma o direito de tomar uma nova decisão a respeito daquilo tudo. Afinal, quando algo acontece novamente, acontece em um novo ponto da Highway, nada mais é como era há pouco tempo.

Nesse exato momento, eu não sou mais a mesma pessoa que era quando comecei a escrever esse post. Tudo muda, a todo instante a cada inspiração e expiração. Tudo muda, nada é mais o mesmo. E, como tudo muda, me dou ao luxo de mudar junto.
Quando voltar prá casa, hoje a noite, nada será como estava quando saí depois do almoço. Assim como, quando eu cheguei prá almoçar, nada era mais como quando saí pela manhã, quase junto com o sol.

E tudo muda. Todos mudamos. Em velocidades vertiginosas como quem pisa fundo no acelerador.

No final das contas, tudo aquilo que levamos, aquilo que não muda nunca é aquilo que carregamos nas nossas mochilas, como se fossem pequenos troféus, pequenas lembranças... Pequenas fotos empoeiradas daqueles que amamos e que não sabemos se um dia veremos novamente.

As pessoas confiam demais na própria imortalidade e, mais ainda, na imortalidade daqueles que amam.
Teimam em deixar o outro ir embora com olhares tristes, lágrimas nos olhos, sem saber se, algum dia, terão novamente a chance de dizer-lhes que eram (ou são) importantes, sem dizer-lhes um "até breve" sincero (sim, sincero, pois, apesar de não sabermos se reencontraremos aquela pessoa, podemos desejar, sinceramente,  vê-las novamente), sem um abraço apertado e um "se cuida". Mas, principalmente... As pessoas têm a mania de deixar as outras (e falo aqui daquelas importantes mesmo) irem sem dizer: "Volta logo prá junto de mim!".
E aí, as coisas acontecem... Acidentes na Highway, curvas fechadas demais, olhares que nunca mais se olham, vidas que nunca mais se cruzam, oportunidades perdidas que nunca mais voltam, dor e sofrimento que poderiam ter sido evitados por uma fração de segundos, por um gesto, por uma palavra.
Mas já era... Já foi... E a Highway segue... Segue molhada de lágrimas, talhada de arrependimentos e, com alguns memoriais à beira dela.

Vidas que se foram, que se perderam.
Risos jogados fora, juras ao vento.
Postes sem luz.
Luz do trem na contramão.
E a Highway segue...A felicidade, foi deixada prá trás, em algum ponto.
E, tudo o que sobra, são fotos empoeiradas que se carrega na mochila, limpas com lágrimas de saudade e cobertas com a esperança do reencontro.

Beijokinhas

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