19/06/2021

4 anos em 1 post. Senta que lá vem a história!

 Oies e Olás pessoas

Até que um dia, eu cansei de tudo (mais uma vez)
Em 2019, parei de vender cosméticos, fui atrás de uma nova "renda extra" e essa nova etapa do caminho, foi traçada por uma velha paixão: Cozinha.

Estava eu lá, no dia 29 de Abril de 2019, pensando no que fazer, com uma conta de R$300 e qualquer coisa nas mãos e R$10,00 no bolso, quando "vi" minha Cigana segurando uma caixa térmica cheia de potinhos iguais aos que eu usava prá levar os brigadeiros que eu fazia prá minha Erê. Então, pensei: "hummmm Brigadeiros... Vou fazer brigadeiros". Chequei a minha despensa, até daria prá fazer os brigadeiros, mas faltavam alguns ingredientes. Comprei o que faltava à granel (afinal, eu só tinha R$10,00), fiz os brigadeiros, saí, vendi todos! Com o dinheiro, comprei mais ingredientes, fiz mais e vendi tudo novamente. No dia 02/05/2019, eu estava com o dinheiro prá pagar a conta e mais o dinheiro prá fazer mais brigadeiros.

E assim, nasceu a Cozinha da Mariazinha.

Eu fazia docinhos, empadões, bolos... E ia vender. Assim, conheci muita gente, pessoas que carrego, com carinho, no peito.

A partir dali, não parei mais.

Em Setembro desse mesmo ano, precisamos pedir afastamento do terreiro. O Edu estava cada vez mais com a mobilidade limitada, precisaria fazer uma cirurgia prá colocar uma prótese no quadril. Até a cirurgia acontecer, ele precisava de repouso e, como sentia muita dor, precisava da minha ajuda prá tudo. Não conseguia se sentar, andar, levantar, fazer nada sozinho. A cirurgia aconteceu em Novembro/2019.

Como nada é tão simples assim, ele não pôde voltar prá casa, como esperávamos. Precisou ficar na casa da avó dele. Foi realmente um "furdunço". Eu não estava mais acostumada a ficar sozinha. Foi um período bem complicado.

Em Dezembro, ele precisou ficar internado novamente. Estava com uma infecção. Foi prá UTI, estava com necrose em um machucado causado por uma úlcera de pressão e também em outro machucado causado por uma alergia à meia de compressão que ele precisou a usar prá evitar trombose no pós cirúrgico de novembro. Corria sérios riscos de perder o pé e a vida! Depois de muito desgaste emocional de todos os lados, em Janeiro de 2020, ele voltou prá casa da avó dele, pois ainda não podia subir as escadas que dão acesso à nossa casa.

Nessa época, já se falava do tal Coronavírus, que ninguém ainda sabia exatamente o que era. Só se sabia que era um vírus, que tinha sintomas de uma gripe muito forte e que era extremamente letal.

Então, no final de Fevereiro desse ano, recebi uma ligação do meu irmão, que estava com uma equipe construindo casas para vender. Ele me perguntou se eu gostaria de fazer as marmitas pro pessoal que trabalhava na obra. Eu, claro, aceitei! E a Cozinha da Mariazinha, passou a ter mais expressividade, agora, com Marmitas. Eu acordava as 4 da manhã, fazia os almoços, as entregas, ia ao supermercado fazer as compras pro dia seguinte, voltava, guardava as compras, dava atenção pros meus pets e ia descansar (lembrando que, nessa época do ano, Blumenau é muito quente). Quando a temperatura amenizava, eu voltava prá cozinha, limpava tudo, deixava tudo organizado pro dia seguinte e, lá pela meia noite, ia dormir. Confesso que essa rotina, não mudou muito até hoje.

A Pandemia começou a se alastrar e, finalmente, chegou aqui. O Edu, voltou prá casa, 1 semana antes do primeiro Lockdown na minha cidade. Estávamos muito assustados e com muito medo, afinal, a hemodiálise o colocava em situação de risco. Tanto por estar debilitado fisicamente, quanto por estar em um ambiente hospitalar 3x por semana. Ficamos em casa! Tínhamos medo de nos contaminarmos, claro! Mas, tínhamos ainda mais medo de contaminar alguém.

Quando teve o Lockdown, TODOS os meus clientes também pararam! Eu fiquei praticamente sem renda. Onde eu fazia 50, 60 marmitas por dia, passei a fazer 7 por semana. Aos poucos, meus clientes foram voltando a trabalhar. Mas, já não pegavam mais marmitas (nem comigo e nem com outras pessoas) e eu não me importei muito. Estava com mais medo do Coronavírus do que preocupada com as contas.

Usei esse tempo prá me reorganizar, voltar a estudar, planejar o que faria dali prá frente, nos mínimos detalhes.

Em Maio/Junho, um grupo de amigos me contratou prá fazer comida prá pessoas em situação de rua. Assim, as coisas passaram a se movimentar novamente. Foram 2 meses de trabalho incessante, de segunda a segunda. Mas isso não me assustava. Estava feliz em voltar a trabalhar. Mas, logo, esse grupo se dispersou e eu passei mais um mês fazendo comida prá uma ONG aqui da minha cidade. Foi uma experiência incrível, mas que também teve seu início, meio e fim.

Continuei fazendo marmitas e algumas encomendas aqui e ali... Estava tão ocupada estudando e me preparando que não dei muita importância prá falta de trabalho. As contas estavam pagas, tinha comida na mesa, ração pros pets... Então, estava razoavelmente tranquila.

Em Outubro/2020, positivamos prá Covid. Confesso que, os dias doente não foram tão ruins quanto os "efeitos colaterais". Muito cansaço, falta de ar, indisposição... Eu só queria dormir. Tudo me cansava. Sair da cama, me cansava. Pensar, me cansava. Foi horrível. Mas, também passou.

2020 acabou (finalmente) e 2021, trouxe a esperança da renovação, da vacina, da adaptação ao novo normal. E essa esperança ainda está viva. 2021 está sendo, até o momento, um mar de rosas. Lindo, mas cheio de espinhos.

Em março, voltei a fazer meus doces e salgados prá vender. Está sendo uma experiência fantástica!

Mas, sabe quando você ainda não está completo? Sabe quando falta alguma coisa? É isso! Passei esse tempo todo com a sensação de que algo me falta, uma parte importante de mim, que está adormecida e que preciso, de alguma forma, me reconectar. E passei a buscar isso também.

Mas isso, fica pro próximo post. Afinal, esse aqui, já virou quase um livro...


Beijokinhas.

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