16/04/2009

Filhos... Sobrinhos...

Oies e Olás

Hoje eu saí prá correr na praia... E, apesar da música alta ecoando em meus ouvidos, fiquei pensando...
O que eu quero dentro da Umbanda? O que eu busco? Quais meus objetivos?
Fiz uma auto análise... E lembrei de uma história que li há algum tempo...

Falava de um homem que, em visita a um terreiro, perguntou prá Mãe de Santo quantos filhos ela tinha...
Ela, em resposta, pediu a ele que acompanhasse as próximas sessões do terreiro...
E assim foi feito... Durante uma semana, chegava mais cedo e acompanhava todo o movimento.
Durante esta semana, ele percebeu que sempre havia um grupo de 5 ou 6 médiuns que estavam sempre presentes nas sessões, chegavam mais cedo prá arrumar tudo e saiam mais tarde do que os outros, deixando o terreiro em ordem.
Ao fim do prazo estipulado pela Mãe de Santo, ela perguntou ao homem se ele já sabia quantos filhos ela possuia...
Ele respondeu que havia contado 43.
Ela disse que não... Que filhos mesmo, ela tinha aqueles 5 ou 6 médiuns e os outros eram como sobrinhos queridos que visitavam a casa da tia quando não havia algo mais interessante prá fazer...

Essa história sempre me faz pensar e refletir... Quem sou eu dentro do terreiro? Sou uma filha ou uma sobrinha querida?
Acho que, prá minha falecida babá, eu era apenas uma sobrinha... Pois namorava o sobrinho mais querido dela... Acho que nunca passei disso... Da namorada do sobrinho que ela tanto amava...
Já prá filha dela (minha atual babá), acho que sim... Sou uma filha...

Mas voltando à minha divagação regada a trance, suor e adrenalina...

O que eu quero dentro da Umbanda? Quero aprender com os Erês a inocência e pureza... Quero ter meu coração puro e liberto sabendo que o amanhã à Zambi pertence...
O que eu busco? Busco a humildade dos Vovôs e Vovós que, com seu jeitinho meigo e paciente curam todos os males do corpo e da alma
Quais meus objetivos? Quero o vigor e conhecimento dos Caboclos que abrem caminhos nas mais fechadas matas sem pestanejar.

Mais do que isso... A Umbanda significa prá mim o encontro de um oásis no meio do deserto.
Nada sei... Quanto mais leio, menor me sinto perante os mistérios da Umbanda... E mais amo e confio nos meus Guias, pois sei que eles, detentores das respostas que preciso, jamais me deixarão sozinha.

A Umbanda é minha busca pessoal... É a fonte de água pura e cristalina que mata minha sede de caridade. É o alimento que não só dá forças ao meu corpo... Mas que nutre meu espírito. É a tempestade que limpa meu corpo das imperfeições da matéria...

Isso é Umbanda prá mim...
É isso que a Umbanda representa na minha vida.

O que eu mais quero dentro da Umbanda? Pergunta simples... Queria que minha falecida babá estivesse, lá de Aruanda, olhando prá esta pobre filha-sobrinha e um sorriso se abrisse em seus lábios... Queria que ela sentisse orgulho desta sementinha que ela plantou com tanto carinho e regou com tantas orações... Queria saber que ela se orgulha de mim, sabe? Queria mesmo... De verdade... Queria saber se eu fui sua filha ou sua sobrinha...

Sei que tenho muito o que aprender...
Sei que tenho muitos caminhos a percorrer...
Mas uma coisa é certa! Eu estarei onde minha babá e meus Guias de mim precisarem... Não importa lugar, dia ou hora... É lá que eu estarei!

Afinal, vocês sabem que não penso duas vezes antes de enfiar as duas mãos no formigueiro e me atirar de cabeça...

Beijokinhas a todos

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